Aposentadoria Especial do Vigilante em 2025: Entenda de uma vez por todas
- DUO FILME
- 9 de set.
- 2 min de leitura
A profissão de vigilante é fundamental para a segurança da sociedade, mas envolve riscos constantes. Por isso, a lei e a Justiça reconhecem que esses trabalhadores têm direito a condições diferenciadas para se aposentar: a chamada aposentadoria especial.
Mas afinal, como funciona esse benefício em 2025, depois da Reforma da Previdência?
O que é a aposentadoria especial do vigilante?
A aposentadoria especial é concedida ao trabalhador que atua em atividades que colocam sua saúde ou sua vida em risco.
No caso do vigilante, o fundamento é a periculosidade da função. Isso vale tanto para quem trabalha armado quanto para quem atua desarmado, desde que haja documentos que comprovem o risco.
Esse direito foi reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema 1031, que consolidou a tese: o vigilante, armado ou não, pode ter o tempo de serviço reconhecido como especial.
O que mudou com a Reforma da Previdência?
Com a Emenda Constitucional nº 103/2019, a aposentadoria especial passou a exigir idade mínima. Veja como ficou:
👷 55 anos de idade + 15 anos de atividade especial
🏭 58 anos de idade + 20 anos de atividade especial
👮♂️ 60 anos de idade + 25 anos de atividade especial (regra que vale para os vigilantes)
Antes da Reforma, bastava comprovar 25 anos de atividade como vigilante, sem idade mínima.
Direito adquirido e regra de transição
Direito adquirido: quem já tinha 25 anos de atividade especial até 13/11/2019 pode se aposentar sem idade mínima.
Regra de transição (86 pontos): criada para quem ainda não havia completado o tempo antes da Reforma.
Como funciona a regra dos 86 pontos?
Pense que é como um jogo de tabuleiro: para “ganhar”, o vigilante precisa juntar 86 pontos.
Esses pontos são a soma de:
Idade (cada ano vale 1 ponto).
Tempo comum de contribuição (cada ano vale 1 ponto).
Tempo como vigilante, que passa por uma conversão: cada ano trabalhado vale 1,4 ano para homens e 1,2 ano para mulheres.
Isso significa que o tempo como vigilante “rende mais pontos” do que o tempo comum.
Exemplo prático com fator de conversão
Veja a tabela abaixo com exemplos de vigilantes que alcançam os pontos necessários:

Note que, mesmo com idade abaixo de 60 anos, é possível atingir os 86 pontos e garantir a aposentadoria especial.
Como comprovar a atividade especial?
Os principais documentos são:
Carteira de Trabalho com registro da função;
PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário;
Laudos técnicos da empresa;
Outros documentos que mostrem o exercício da função e a exposição ao risco.
Conclusão
Em 2025, o vigilante continua tendo direito à aposentadoria especial, mas as regras variam conforme a situação:
Quem já tinha 25 anos de atividade até 2019 pode se aposentar sem idade mínima;
Quem completou depois deve observar a idade mínima de 60 anos ou alcançar os 86 pontos da regra de transição.
Considerações finais
A aposentadoria especial do vigilante permanece um direito importante, mas exige atenção às mudanças da Reforma da Previdência.
Cada caso deve ser analisado de forma individual, considerando:
a documentação disponível,
o tempo de contribuição,
e a forma correta de conversão do tempo especial.



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